Alerte os consumidores sobre os riscos da automedicação
Vista por muitos como uma solução imediata, a automedicação pode trazer consequências mais graves do que se imagina, como intoxicação, reações alérgicas, dependência e, em alguns casos o óbito. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), todo ano, cerca de 20 mil pessoas morrem, no País, vítimas da automedicação. O uso indevido de medicamentos é considerado atualmente um problema de saúde pública no Brasil e no mundo.
A automedicação é definida como uso de medicamentos sem prescrição médica, onde o próprio paciente decide qual fármaco utilizar – muitas vezes influenciado por familiares, amigos ou o próprio balconista da farmácia. “Ao avaliar a gravidade do seu caso e escolher a terapêutica mais adequada sem a indicação médica, o indivíduo pode levar ao agravamento de uma patologia, internação ou até mesmo ao óbito”, afirma o diretor técnico da Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa, Roney Pereira Pinto.
Ele informa que, de acordo com relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS), a prática pode aumentar o erro nos diagnósticos das doenças e da utilização de dosagem correta, além de favorecer o aparecimento de efeitos indesejáveis, como a intoxicação. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sintox), os medicamentos são responsáveis por 28% de todas as notificações de intoxicação.
Roney ainda ressalta que a automedicação pode mascarar diagnósticos. “O que pode estar sendo paliativo pode também mascarar uma patologia grave, portanto é necessário buscar o serviço de um profissional especializado de saúde para ter maior segurança”, pontua.
Fonte: Diário da Manhã