Com mais de 70 áreas de atuação, o profissional farmacêutico é aquele técnico que tem o conhecimento sobre a ingestão de medicamentos. Estudos mostram que mais de 80% dos erros cometidos em ambiente hospitalar são causados pela utilização inadequada de medicamentos.

Lizete Vitorino, diretora tesoureira do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas, pontuou que a legislação determina que profissionais farmacêuticos estejam presentes nas unidades de saúde durante o período de funcionamento. “A exigência é do exercício pleno do farmacêutico durante a abertura do estabelecimento de saúde. Como os hospitais funcionam 24 horas existe a obrigatoriedade do farmacêutico 24 horas”.

De acordo com ela é o farmacêutico quem vai estabelecer barreiras e critérios para utilização desses medicamentos no ambiente hospitalar, porque é quem tem o conhecimento técnico de evidenciar quais são os principais risco desses medicamentos. “Esse trabalho é feito junto com a equipe multidisciplinar, junto das especialidades médicas com apoio da alta direção para que todas essas barreiras sejam colocadas durante a utilização desses medicamentos”.

A diretora pontua que deve se observar as especificidades do ambiente hospitalar, como por exemplo, os pacientes geriátricos, oncológico, pediátrico e outras conforme a farmacêutica, não se pode deixar de observar essas particularidades para fazer a administração desses medicamentos. “Tem interações medicamentosas que podem ser fatais. O farmacêutico está para monitorar esses riscos das interações medicamentosas, de escalonar a prescrição do horário do medicamento junto com a equipe médica e de enfermagem para passar as orientações e evitar os mínimos de danos ao paciente”.

Ela sabe que muitas vezes existe uma resistência por parte da equipe, mas o farmacêutico não pode se deixar abater, ao contrário, ele deve ir trabalhando, mostrando os benefícios de ter um farmacêutico nesse momento de acompanhamento fármaco terapêutico do paciente. “Cada profissão tem suas particularidades e seus critérios no momento da avaliação e como o farmacêutico consegue contribuir para melhora e tratamento adequado desse paciente”.

Fonte: Luciana Martins- CRF/AL