Indicar um medicamento a um paciente é uma atividade rotineira para o profissional farmacêutico, mas, ele precisa estar atento à legislação que regulamenta essa prescrição farmacêutica. O farmacêutico Antônio Mendes, professor do Instituto Ibras, esteve em Alagoas para tratar do tema e apresentar aos profissionais a legislação publicada pelo Conselho Federal de Farmácia que traz todos os detalhes da atuação do profissional de farmácia sobre esse tema.
De acordo com Mendes, hoje no Brasil, existe a prescrição independente que é aquela focada nos formulários – que são os MIPS (Medicamentos Isentos de Prescrição) – que podem ser prescritos pelo farmacêutico e os que não estão livres, que exige do farmacêutico uma especialização na área clínica, para que ela seja feita por meio de um protocolo. “A prescrição farmacêutica não é só de medicamentos, ela é a prescrição do profissional farmacêutico, que vai desde medidas farmacológicas (medicamentos) até as não farmacológicas, como por exemplo, a orientação a um paciente para que ele não faça a ingesta excessiva de sal”, destacou.
Antônio Mendes ressalta que a prescrição farmacêutica é um tema importante não apenas para o dia a dia do farmacêutico, mas para o sistema de saúde como um todo já que o farmacêutico é o profissional de ligação do sistema. “Para o farmacêutico é uma mudança de paradigma porque ele começa a assumir a responsabilidade do paciente, começa a tomar decisão. Para o sistema a mudança é importante porque terão a sua disposição um profissional que ajudará na resolução de problemas na farmácia, contribuindo para o aumento de tempo no atendimento dos médicos e reduzindo o inchaço do sistema de saúde pública”, comentou.
Para o vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas, Robert Nicácio, o tema apresentado pelo professor Antônio Mendes foi importante porque diariamente o profissional se depara com a prescrição farmacêutica, ele precisa conhecer a legislação para não cometer erros. “Trabalhamos com a vida do paciente, e essa tomada de decisão é de muita responsabilidade por isso, precisamos estar cientes até onde nós podemos ir, sem interferir na atividade dos demais profissionais de saúde”, argumentou.
Essa é mais ação promovida pelo núcleo de educação continuada do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas em parceria com o Instituto Ibras.
Ascom/CRF