No dia da prevenção a obesidade, comemorado em 11 de outubro, o farmacêutico Rômulo Damasceno, faz um alerta quanto aos dados divulgados pela Federação Mundial da Obesidade que apontam que 30% dos adultos brasileiros devem ser obesos até 2030. “Essa é uma doença crônica que tem cura, basta adotar mudanças no estilo de vida”, garantiu.
Ele explica que a principal causa de obesidade é a alimentação inadequada ou excessiva. Isto se dá quando há abundância de alimentos e baixa atividade energética, provocando assim o acúmulo de gordura. Por isso, o sedentarismo é o segundo fator mais importante que contribui para a obesidade. “Para manter o peso ideal é preciso que haja um equilíbrio entre a quantidade de calorias ingeridas e a energia gasta ao longo do dia”, pontuou.
Rômulo revela que existem também os fatores genéticos, ou seja, existem pessoas que podem herdar a disposição para obesidade, ter o metabolismo mais lento, o que facilita o acúmulo de gorduras e dificulta o emagrecimento, ou ter aumento de peso por conta das oscilações hormonais. “Precisamos levar também em consideração a influência dos fatores psicológicos, quando o estresse ou as frustrações desencadeiam crises de compulsão alimentar”.
O diagnóstico da doença pode ser feito pelo farmacêutico durante a consulta farmacêutica nas farmácias que possuem consultório farmacêutico. “Ele é feito por meio do cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC) que avalia a relação entre peso e altura e se o resultado der maior do que 30, a pessoa é considerada obesa. Quanto maior o índice, mais chances do paciente desenvolver diabetes, problemas cardiovasculares e nas articulações, hipertensão arterial e depressão”, disse Rômulo.
O paciente obeso pode desenvolver doenças como hipertensão arterial, aumento do colesterol e triglicérides, diabetes, apneia do sono, acúmulo de gordura no fígado, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e o surgimento de alguns tipos de câncer. De acordo com o farmacêutico, a melhor forma de tratar a doença é adotar mudanças no estilo de vida, com uma dieta menos calórica aliada a um programa de exercícios físicos e nos casos mais graves, pode ser indicada a cirurgia bariátrica.
“O tratamento é multidisciplinar, esse paciente pode ser acompanhado pelo nutricionista, pelo médico, pelo educador físico e pelo farmacêutico, até porque muitos destes pacientes querem resultados rápidos e acabam usando os inibidores de apetite que trazem riscos à saúde se for usado sem acompanhamento do farmacêutico. Como profissional de saúde, o nosso principal objetivo é educar esse paciente para que ele tenha qualidade de vida e longevidade”, afirmou.
Fonte: Ascom CRF/AL