No dia do farmacêutico, 20 de janeiro, o Conselho Regional de Farmácia de Alagoas (CRF/AL) promoveu um dia de palestras voltadas para atualização profissional e cases de sucesso de farmacêuticos alagoanos. Ainda que o número de presentes tenha sido muito pequeno, a presidente do CRF/AL, Mônica Meira, destacou que a programação foi bem dinâmica e os palestrantes trouxeram conteúdos importantes para o dia a dia profissional.
“A gente preparou tudo com muito carinho e os presentes foram agraciados com palestrantes de alto nível que mostraram a realidade profissional nos outros Estados, trazendo inclusive um despertar ao que pode ser feito aqui em Alagoas”, comentou.
Na solenidade de abertura, Deives Galvão, representante do Sindicato dos Farmacêuticos de Alagoas, deu os parabéns a todos os profissionais e destacou a importância da presença deles no evento. “Vocês estão de parabéns porque entenderam a importância deste evento, que só veio para engrandecer a nossa profissão”.
A primeira palestra do dia foi farmacêutico Diego Medeiros que falou sobre as perspectivas do consultório farmacêutico, e iniciando a sua conversa apresentando um histórico da profissão, que segundo ele se tornou desvalorizada nos anos 2000 devido ao grande avanço das multinacionais do medicamento.
“Isso não aconteceu e hoje a nossa profissão ganha uma nova característica que é o atendimento ao paciente. A nossa sociedade necessita deste tipo de serviço, as pessoas vivendo cada vez mais, utilizando mais medicamentos e o farmacêutico tem que ter uma atuação clínica maior”, orientou.
Na análise de Diego não é apenas o profissional médico que deve fazer essa gestão da farmacoterapia, não pela incompetência profissional, mas sobretudo pela falta de tempo que o médico tem e o farmacêutico vai auxiliar o profissional de saúde a conduzir nesse acompanhamento.
O palestrante deixa claro que não é papel do farmacêutico fazer o diagnóstico. De acordo com ele, o papel do profissional de farmácia é dar o encaminhamento correto ao paciente para que ele retorne com a pauta terapêutica prescrita para que então seja feito o acompanhamento necessário que vai desde a utilização correta até a adesão ao tratamento, “principalmente os pacientes novos que não tem hábito de tomar medicamento e podem falhar até mesmo por esquecimento”, garantiu.
Diego explica que o farmacêutico não deve ser remunerado apenas pela venda de produto, mas também pelo seu atendimento no consultório farmacêutico, já que a perspectiva clínica dentro da profissão é cada vez mais evidente. “O sistema de saúde vai ter um cuidado maior na atuação do farmacêutico porque ele é um profissional que ajuda na redução de custos e na melhoria da qualidade de vida”, pontuou.
Fonte: Ascom CRF/AL