No dia nacional da luta por medicamento, comemorado em 08 de setembro, o farmacêutico é o profissional de saúde protagonista desta data. O acesso a medicamentos é definido pela Organização Mundial da Saúde como um indicador que mensura os avanços na concretização do direito à saúde.
O Brasil, por meio do governo federal, implantou alguns programas – Programa Farmácia Popular do Brasil, Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) e Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no SUS (Qualifar-SUS) – que permitem a população mais carente ter acesso a alguns medicamentos.
A farmacêutica Angela Brandão, membro do Grupo de Trabalho de Saúde Pública do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas, destaca que o papel exercido pelo farmacêutico vai muito além da dispensação. “No Sistema Único de Saúde e na rede privada, o nosso trabalho é garantir o acesso ao medicamento e insumos, dentro do uso racional, sem esquecer dos serviços farmacêuticos tudo pensado para garantir resultados concretos e melhoria da qualidade de vida da população”, afirmou.
Ela lembra que muitas pessoas dependem de medicamentos para sobreviver e que muitas vezes, não conseguem ter acesso pelo alto custo e que os programas do governo garantem este acesso de forma gratuita ou com preço reduzido. “A disponibilização de alguns medicamentos feita pelo SUS, a popularização dos genéricos também é um passo importante para facilitar a obtenção de medicamentos por um custo menor”, pontuou.
Atualmente o SUS conta com uma diversidade muito grande de medicamentos, que vão desde os medicamentos de alto custo (entregues pela CEAF) até os medicamentos de uso contínuo que são dispensados nos postos de saúde e CAPS.
Angela revela que todo medicamento tem risco e benefício, por isso, no momento da prescrição o médico vai analisar todos os fatores antes de indicar aquela droga para o tratamento. “Isso é que nós chamamos de prescrição acompanhada. O paciente faz o uso do medicamento, e nós vamos fazendo o acompanhamento para minimizar ou evitar os efeitos colaterais neste paciente que já tem alguma patologia”, disse.
De acordo com ela os riscos existem para todos os medicamentos, inclusive os naturais. “O uso excessivo de medicamentos sejam eles naturais ou não, sem a prescrição médica ou do farmacêutico, pode ser um malefício para saúde”, garantiu.
Fonte: Ascom CRF/AL