A internet trouxe inúmeros benefícios, mas também se tornou terreno fértil para a circulação de informações falsas sobre saúde. Nesse cenário, o farmacêutico comunitário assume um papel central: transformar boatos em oportunidades de orientação qualificada e acessível para a população.
É o que faz diariamente o farmacêutico comunitário Marcones Macedo, que atua em contato direto com a comunidade. Para ele, a abordagem com os pacientes deve ser sempre individualizada. “Explico ao paciente por que certas informações podem ser enganosas e apresento dados científicos de forma clara, sem jargões complexos. Se alguém pergunta sobre um ‘chá milagroso’, por exemplo, mostro os riscos, possíveis interações com medicamentos e a falta de comprovação científica, e então indico alternativas seguras e baseadas em evidências.”
Essa prática cotidiana ilustra como o farmacêutico contribui diretamente para a promoção do uso racional de medicamentos e suplementos. Ao ouvir o histórico de saúde do paciente, identificar alergias ou verificar outros tratamentos em curso, Marcones consegue prevenir situações de risco, como interações medicamentosas potencialmente perigosas. Trata-se de uma atuação que vai muito além da entrega de um produto no balcão: é cuidado, prevenção e segurança.
Outro ponto ressaltado por Marcones é o impacto da presença constante do farmacêutico na comunidade. A farmácia, por estar próxima e acessível, muitas vezes é o primeiro local onde as pessoas buscam ajuda. Orientações sobre o uso correto de inaladores, explicações sobre a importância de seguir o tratamento ou mesmo o esclarecimento de dúvidas simples se transformam em momentos de construção de confiança. “As pessoas sabem que podem vir e tirar dúvidas, e isso cria um elo de confiança que fortalece o papel do farmacêutico”, destaca.
Assim, a rotina de Marcones Macedo se revela como peça-chave para a saúde pública: uma atuação que une conhecimento científico e proximidade com a população, garantindo que cada orientação seja não apenas técnica, mas também humana.