No dia do Orgulho LGBTQIA + o Conselho Regional de Farmácia de Alagoas conversou com o farmacêutico Ivan Falcão que atua na farmácia comunitária prestando serviços farmacêuticos a esta comunidade.
De acordo com ele, o primeiro problema enfrentado, sobretudo na população trans, é a rejeição ao nome em que se apresentam, onde muitas vezes é negado ao chegar no atendimento de saúde. “O primeiro passo é chamar pelo nome correto, dentro do gênero que ela se identifique e trazer a dignidade e acolhimento que merecem. Como farmacêutico, eu acompanho estas pessoas na terapia hormonal, por meio da aplicação de injetáveis e na orientação farmacêutica”.
Ivan ressalta que como profissional de saúde, o farmacêutico precisa estar atualizado para atender a toda população e isso inclui a comunidade LGBTQIA+ . Segundo o farmacêutico, a saúde é personalizada, cada paciente é um e não pode existir qualquer tipo de discriminação com esta população.
“O conhecimento deve ser amplo, não apenas na ciência biológica, mas também nas ciências sociais, na psicologia, na sociologia, antropologia para que o contexto daquele paciente seja entendido, uma vez que ele já vive numa situação de vulnerabilidade social”.
Para Ivan, o profissional de saúde tem que ter respeito por estas pessoas. “A diversidade é uma realidade, existem profissionais farmacêuticos da comunidade que ocupam cargos importantes dentro da farmácia, então, como homem gay e farmacêutico, entendo que dignidade e respeito devem ser o lema para atender a esta população”.
Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+
O Dia Internacional do Orgulho acontece todo 28 de junho e é comemorado anualmente após os chamados Distúrbios de Stonewall (ou Revolta de Stonewall), nos Estados Unidos, uma revolta considerada um marco para a comunidade LGBTQ+ no mundo todo.
A Revolta de Stonewall é o nome dado aos protestos que começaram em 28 de junho de 1969, quando um grupo de policiais invadiu o bar Stonewall Inn, no bairro de Greenwich Village, em Nova York, onde foi feita uma batida policial na qual os agentes da polícia prenderam pessoas transgêneras, drag queens e drag kings presentes no local acusados de travestismo, que naquela época era ilegal em Nova York.
A data chama atenção da população mundial para reafirmar o sentimento de orgulho sobre as orientações sexuais e identidades de gênero tipicamente marginalizadas e reprimidas na sociedade.
Fonte: Ascom CRF/AL