Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia apontam que de janeiro a agosto de 2022 mais de 260 mil pessoas morreram de doenças cardiovasculares. Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro mostram que no Brasil houve um aumento de 132% no número de mortes devido a doenças cardiovasculares durante a pandemia.
A farmacêutica Aldaney Brandão, coordenadora de farmácia do Hospital do Coração Alagoano, explica que parte destas mortes podem ser evitadas se o paciente tiver um cuidado preventivo, com a realização de exames períodos e a prática de exercícios físicos por pelo menos 150 minutos por semana. “É importante que esse paciente consiga modificar alguns fatores ambientais, como por exemplo, adotar bons hábitos alimentares, não fumar, controlar o estresse para que ele tenha uma qualidade de vida”.
O dia 29 de setembro é o dia mundial do coração, órgão responsável por executar o bombeamento de sangue por todo organismo. Aldaney destaca que para garantir um bom funcionamento do coração, é preciso que todas as partes desta engrenagem estejam em perfeito estado para desempenhar suas funções adequadamente. “Se existir alguma falha, o coração é afetado, sobrecarregando outros órgãos, podendo colocar a vida deste paciente em risco”, garantiu.
Ela revela que o papel do farmacêutico é fazer uma anamnese com o paciente para identificar e prevenir potenciais problemas relacionados ao uso de medicamentos que podem resultar numa má adesão ao tratamento. “Aqui no hospital do coração nós temos uma equipe de 28 farmacêuticos que atuam junto às UTI´s, Centro Cirúrgicos, enfermaria, pós-operatório para que os pacientes tenham eficácia e segurança no seu tratamento”.
Ao profissional farmacêutico cabe também realizar a conciliação medicamentosa para evitar a interação de medicamentos e promover a educação em saúde, com a realização de campanhas educativas de combate ao fumo e sedentarismo. “Além disso, cabe a nós, como profissionais conhecedor dos medicamentos, proporcionar ao poder público medicamentos eficientes e de baixo custo”.
Fonte: Ascom CRF/AL