O dia do amigo comemorado nesta quinta-feira, 20 de julho, foi instituído inicialmente na Argentina, pelo professor de psicologia e filósofo, Enrique Ernesto que se inspirou na chegada do homem à lua, em 20 de Julho de 1969. Segundo ele, o feito não foi apenas uma vitória científica, mas também uma oportunidade de se fazer amigos em outra parte do Universo.
Essa iniciativa deu certo que em 1979 o governo argentino criou oficialmente o “Dia do Amigo”. Nas décadas seguintes, a data foi abrangendo outros lugares, como no Uruguai nos anos 1970, Peru e México em 1980, e no Brasil por volta dos anos 1990.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard concluiu que para ser feliz, às vezes basta apenas ter bons amigos. O psiquiatra Robert J Waldinger, que supervisiona o estudo atualmente, afirma que bons relacionamentos não apenas nos fazem felizes ao longo da vida, mas também mantém nossos corpos e cérebros mais saudáveis.
A farmacêutica, Drª Amanda Pacheco, membro do Grupo de Trabalho Técnico de Saúde Mental do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas revela que boas amizades impactam diretamente no tratamento de saúde, sejam eles na redução da necessidade de medicamentos ou mesmo para evitá-los em alguns casos. “A amizade colabora com um papel significativo na saúde e no tratamento de diversas condições médicas. Em alguns casos, a amizade pode impactar positivamente a saúde sendo ela um suporte emocional, que ajuda a lidar com o estresse, ansiedade e depressão”, pontuou.
De acordo com Amanda, a pandemia e o isolamento social, ativaram vários problemas de saúde, como por exemplo, o aumento do risco de doenças cardiovasculares, alterações no sistema imunológico e maior prevalência de doenças mentais. “A amizade pode influenciar positivamente nossos comportamentos, incentivar hábitos saudáveis, como praticar exercícios e evitar comportamentos prejudiciais à saúde, prevenindo a necessidade de medicamentos para tratar doenças crônicas relacionadas ao estilo de vida”.
Outro ponto relevante, conforme a farmacêutica, é que o amigo pode ajudar na adesão de tratamento medicamentoso, uma vez que o paciente é incentivado e apoiado por seus amigos. “Esse apoio faz com que a pessoa siga mais rigorosamente o tratamento prescrito, evitando o abandono prematuro e o mau uso de medicamentos. Vale salientar que, a amizade é um apoio social que pode complementar o tratamento médico, mas não deve substituí-lo”.
A dica deixada por Amanda é: “fazer amigos e cultivar amigos, bem como, ter interações sociais regulares pode combater o isolamento e os efeitos negativos da saúde. O remédio nem sempre é medicamentoso, pode ser um abraço sincero, uma conversa, um momento prazeroso de interação. Os laços de amizade apresentam impacto no bem-estar e na saúde, contribuindo para nossa longevidade”.
Fonte: Ascom CRF/AL
