Em todos os municípios e estados brasileiros a burocratização na saúde ainda é um problema que interfere diretamente na vida da população. Pensando em minimizar esta problemática, o VIII Fórum Nacional de Assistência Farmacêutica vai reunir profissionais da saúde de todo país para discutir e apresentar soluções para este embate. O evento acontece nos dias 30 e 31 de outubro, no Hotel Ritz, em Maceió, e vai reunir profissionais da saúde e da assistência farmacêutica de todo País.
Uma dessas soluções apontadas para a desburocratização é a Base Nacional de Dados da Assistência Farmacêutica, o sistema Hórus, lançado no final do mês pelo Ministério da Saúde, que consiste em um novo sistema para integrar as informações de distribuição, estoques e acesso aos medicamentos do SUS em todo o país. O sistema vai permitir um melhor planejamento da compra, do controle da data de validade e a realização de remanejamentos.
A experiência em quatro estados mostrou que a iniciativa pode evitar desperdícios de até 30% dos fármacos entregues. Se essa economia for replicada em todo o Brasil, a cada ano, mais R$ 1,5 bilhão poderá ser revertido em mais medicamentos para a população.
A base nacional entra em funcionamento a partir de 25 de outubro e os estados e municípios têm 90 dias para enviar as informações. Até então, o Ministério da Saúde só recebia 20% dos dados por meio do Sistema Hórus, utilizado por 15 estados para gestão de medicamentos de alto custo. As demais unidades da federação, que representam 80% da demanda, repassavam por telefone ou planilhas. “Estamos disponibilizando o Web Service, uma ferramenta que permite que todas as secretarias de saúde, que possuem sistemas próprios, transmitam as informações. Com o Sistema Hórus, integrado da maneira que está, a gente pode fazer economia e otimizar os recursos da saúde”, destacou Marco Fireman, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Segundo Fireman, atualmente existe uma consciência entre todos os gestores para a importância de alimentar o sistema, mas ele defende que é preciso sempre abrir o diálogo com os municípios, a fim de informar e estreitar a comunicação. “O Fórum irá contribuir para disseminar a importância do Sistema, e assim evitarmos o vencimento de medicamentos nas prateleiras, evitar que os medicamentos sejam desperdiçados e fazer o remanejamento dos medicamentos que eventualmente estejam sobrando em um determinado estado ou município para um melhor aproveitamento”, disse.
Fonte: Assessoria