O núcleo de educação continuada do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas (CRF/AL) em parceria com a Escola de Líderes Dalmass e Sindicato dos Farmacêuticos de Alagoas, com apoio Conselho Federal de Farmácia (CFF), Sbrafh (Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar) Sindicato dos Farmacêuticos de Alagoas promoveu neste sábado, 30 de julho o ciclo de palestras em Farmácia Hospitalar.
Alexandre Correia, presidente do CRF/AL, destacou a importância do trabalho que vem sido desenvolvido pelo núcleo de educação continuada. “Os farmacêuticos de Alagoas tem sido contemplados com os melhores profissionais da área. O foco do núcleo tem sido apresentar para os profissionais de Alagoas, as novidades do universo farmacêutico”, garantiu.
O primeiro tema discutido foi ‘A importância da intervenção farmacêutica no ambiente hospitalar’ ministrado pela especialista Lizete Vitorino. Para ela, o profissional farmacêutico precisa mostrar e evidenciar o quanto ele consegue fazer de economia e qualidade dentro dos processos da instituição, sobretudo, na utilização de uso de medicamentos que hoje é um dos índices mais altos do mundo em eventos adversos, atingindo um percentual de mais de 80%. “O farmacêutico precisa se ter essa responsabilidade, entender que ele tem uma participação ativa em todas as etapas da cadeia de medicamentos que envolve desde o processo de aquisição, recebimento, distribuição, dispensação e o monitoramento do preparado, da administração e dos próprios eventos adversos”, pontuou.
De acordo com ela, os gestores já compreendem a importância do profissional de farmácia dentro do ambiente hospitalar, uma vez que os processos de segurança são rígidos e a presença de um profissional de farmácia traz segurança, prevenção de possíveis eventos dentro do ambiente hospitalar.
O professor Vandré Lima apresentou o tema: o papel do farmacêutico clínico no programa Stweardship, que é a gestão dos antimicrobianos. Conforme Vandré, essa é uma técnica sistematizada onde o farmacêutico junto com o corpo clínico estabelece protocolos de utilização e controle para que o mau desses medicamentos seja minimizado. “No Brasil essa é uma técnica nova e eu trouxe para Alagoas para gente discutir e se aprofundar nesse assunto. Esse é um protocolo americano e vim demonstrar que ele pode ser uma referência, um modelo para que ele aplique de acordo com a sua realidade”, pontuou.
A grande novidade do protocolo é que ele é divido por etapas, e as principais delas trazem coisas importantes e que muitas vezes o profissional de farmácia não se dá conta disso. A primeira etapa é o apoio do poder de mando. O que isso significa? Que o farmacêutico precisa ter o apoio do diretor clínico para aplicar o protocolo. “A partir do momento que ele tem autorização de quem tem o poder de mando, o protocolo passa a ser institucional e não farmacêutico”, destacou.
Num segundo momento vem a etapa de estabelecer indicadores para que se possa mensurar as ações. Se estabelece o protocolo e se faz a medicação dele. “O indicador faz com quem você consiga quantificar um dado clinico”, comentou. Vandré disse ainda que o protocolo já é utilizado em países avançados na farmácia clínica, como Estados Unidos, Austrália, Irlanda e se o Brasil se basear nesses povos que já são avançados haverá um crescimento mais rápido da farmácia clínica.
Os benefícios de utilização desse novo modelo, segundo ele, são de impacto clínico e financeiro. “O indivíduo será tratado mais rapidamente, vai ficar menos tempo internado, menos chance de pegar infecção hospitalar, menos utilização de medicamentos, menos tempo. Com o protocolo você consegue cuidar o paciente com antimicrobiano de menor espectro e assim consegue preservar a instituição sem traz prejuízos ao paciente”, garantiu.
Ascom-CRF/AL