Os preços dos medicamentos estão mais altos este mês para um universo de mais de 19 mil itens à venda no mercado varejista brasileiro. O reajuste foi autorizado pelo governo no início de março e a resolução que o normatiza, foi publicada na última quinta-feira, 29 no Diário Oficial da União. Os preços dos medicamentos sobem, em média 2,84%, mas haverá três níveis de reajustes, segundo a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão do governo federal integrado por vários ministérios.
Os reajustes serão aplicados conforme o tipo de medicamento. Haverá alta de 2,09%, 2,47% e 2,84%, percentuais que têm como base a inflação acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado de 12 meses, de março de 2017 a fevereiro deste ano.
O reajuste dividido em três faixas é baseado na concentração do mercado. Assim, remédios de menor complexidade e produzidos por mais laboratórios, que costumam baixar os preços para manter a concorrência, têm permissão de um aumento maior. É o caso de opções como omeprazol, pantoprazol, sinvastatina e atorvastatina.
O segundo grupo de medicamentos é composto pelos que têm concorrência moderada, como antifúngicos sistêmicos (cetoconazol e fluconazol) e analgésicos narcóticos (tramadol, morfina etc.). O terceiro grupo é o dos remédios com baixa concorrência, como os corticosteroides oral puro (betametasona e dexametasona) e penicilinas injetáveis (ampicilina e amoxicilina). Os medicamentos desse grupo respondem por mais da metade do mercado e costumam ter o menor percentual de aumento.
Vale lembrar que os preços são regulados e não tabelados, ou seja, o governo estabelece um valor máximo, mas a concorrência de mercado é livre para a prática de descontos. Apesar da alta dos preços ter entrado em vigor ontem, 31, farmácias e drogarias devem segurar os preços antigos por mais alguns dias, segundo o sindicato das empresas.
Fonte: Gazetaweb