O município de Maceió (AL) ganhou mais qualidade no atendimento farmacêutico com a realização do curso Cuidado Farmacêutico no SUS, pelo CFF. A coordenadora local do polo deste projeto, farmacêutica Cláudia Cristina Nóbrega de Farias Aires, servidora concursada da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Maceió desde 2004, relata que, após o curso, sentiu mais motivação para o trabalho, e o projeto teve mais visibilidade junto à SMS. “A troca de experiência e o apoio dos professores e tutora foram importantes para melhorar minha forma de atendimento ao paciente”.
Cláudia é formada em farmácia pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), fez especialização em Gestão da Assistência Farmacêutica, Atenção Farmacêutica e Farmacologia Clínica e concluiu mestrado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em 2016. Entre 2017 e 2018 ela participou do curso Cuidado Farmacêutico e aplicou seus conhecimentos na Unidade Docente Assistencial Dr. José Lages, composta por uma equipe de estratégia de saúde da família, e que recebe estudantes e professores de diversos cursos da área de saúde do Centro Universitário Tiradentes.
Entre abril e julho deste ano, período que inclui suas férias, Cláudia realizou 55 atendimentos individuais – segundo registro no eSUS – com 23 verificações de glicemia capilar e 43 aferições de pressão arterial. Ela também participou de 14 atividades coletivas, o que inclui palestras em sala de espera e grupo de pacientes, participação em matriciamento e Projeto Terapêutico Singular, em parceria com o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).
Com esses resultados, e o desejo de consolidar o Cuidado Farmacêutico no ambiente de trabalho, a farmacêutica solicitou ao setor de informática da SMS um programa que facilitasse o registro dos dados e compilação dos resultados de forma mais ágil, o qual está em processo de construção.
Cláudia realizou o acompanhamento farmacoterapêutico a 14 usuários, com registro de uso de 71 medicamentos, média de 5 fármacos por paciente. Detectou 27 problemas farmacoterapêuticos, destacando-se um percentual de 37% para os problemas relacionados à adesão ao tratamento. Das 71 intervenções farmacêuticas realizadas, 72% foram acordadas diretamente com o usuário.
A farmacêutica detalha que dos 13 pacientes com hipertensão, 10 têm registro de monitoramento da pressão arterial (PA) no início da prestação do serviço clínico e na última consulta farmacêutica, sendo a média inicial de 144/97 mmHg, e a média final de 134/83 mmHg, o que configura uma redução na média da PA sistólica de 10 mmHg e na PA diastólica de 14 mmHg.
Fonte: CFF