Na manhã do domingo, 29, cerca de 60 farmacêuticos participaram do último dia do curso de valorização profissional cujos temas foram introdução à Prescrição Farmacêutica com José Vanilton de Almeida e Cuidados Farmacêuticos na Obesidade e Dislipidemias com Amouni Mourad.
Fechando o ciclo das doenças que fazem parte do grupo da síndrome metabólica, a farmacêutica Amouni tratou da obesidade e dislipidemias e explicou que os pacientes portadores de uma destas patologias estão mais sujeitos a desenvolver danos cardiovasculares severos. “Se o farmacêutico identifica e trata de forma adequada, você minimiza os impactos, aumenta a sobrevida e a qualidade de vida”, afirmou.
Ela ressalta que quando um dos problemas é detectado, há uma grande possibilidade de se desenvolver os demais e a ideia é que os farmacêuticos percebam que estas doenças são integradas e ao tratar bem de uma destas patologias existem chances de diminuir a consequência dos outros ou até mesmo evitar a chegada dela. “Os farmacêuticos sabem e podem fazer a diferença”, garantiu.
Após uma overdose de conhecimentos de sintomas e tratamentos para os portadores de síndrome metabólica, Vanilton explica que o farmacêutico precisa assumir o seu papel na prescrição dos medicamentos. “O farmacêutico brasileiro não tem esse hábito de documentar, mas de alguma forma eles já fizeram a indicação de algum medicamento, mas que não registrou no papel”, comentou.
Segundo Vanilton o farmacêutico precisa ter esse raciocínio clínico e registrar aquilo que ele está indicando até porque esse registro traz uma relação mais profissional entre o farmacêutico e o seu paciente. “Todos indicam medicamentos dentro da farmácia. A diferença acontece quando o farmacêutico pede alguns minutos deste paciente, faz as perguntas necessárias e a documentação e o resultado final é que esse paciente vai relatar que o atendimento foi feito por um farmacêutico, trazendo uma maior segurança para o paciente”, garantiu.
Ele lembra que o farmacêutico não vai substituir o médico e diz que neste processo de documentar pode ser feito o encaminhamento a outro profissional de saúde, inclusive com carta fechada descrevendo os sintomas informados pelo paciente na consulta farmacêutica. “Em quase cinco anos de legislação muito pouca gente prescreveu. Muita gente já faz curso de prescrição e ainda assim não costuma prescrever. O farmacêutico precisa tomar pra si a sua responsabilidade. É isso que ele precisa ter em mente”, alertou.
A presidente do CRF/AL, Mônica Meira, destaca o sucesso do curso. “Nestes três dias tivemos um auditório lotado. É muito gratificante ver a participação dos profissionais e estudantes nestas qualificações. Quero agradecer a presença de todos e reforçar o convite de que participem sempre da educação continuada”, convidou.
Fonte: Ascom CRF/AL