Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que, anualmente, cerca de 234 milhões de pessoas realizam algum procedimento cirúrgico e deste total, um milhão morre em decorrência da infecção hospitalar. Já no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), a taxa de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) atinge 14% das internações e há aumento significativo no número de infecções causadas por microrganismos multirresistentes, como é o caso das superbactérias.
O dia 15 de maio foi a data escolhida para conscientizar autoridades, gestores e profissionais dos serviços de saúde, além da população em geral, sobre a importância do controle das infecções para toda a sociedade. A farmacêutica Priscila Vicente, explica que diversos fatores acabam contribuindo para a resistência bacteriana e que o profissional farmacêutico tem um papel fundamental na prevenção.

“Entre as infecções mais comuns estão Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC), Pneumonias, Infecção de Trato Urinário (ITU) e Infecção da Corrente Sanguínea (IPCS) e caso não sejam tratadas adequadamente, poderão resultar no agravamento do paciente. O uso irracional de antimicrobianos, o não cumprimento da prescrição, a ausência da CCIH e outros fatores contribuem para a disseminação destes microrganismos”.
De acordo com Priscila, a higienização das mãos tem sido considerada como um dos pilares na prevenção de infecção nos serviços de saúde. É fundamental manter uma rotina de lavagem com água e sabão e/ou álcool 70%. “Essa ação é indicada para os pacientes, visitantes e os profissionais da saúde”. Além disso, as unidades hospitalares precisam estabelecer condutas através de protocolos de controle para o correto tratamento destas infecções, sobre as medidas de isolamento e uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s).
“A participação do farmacêutico na CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) é de fundamental importância para o sucesso no tratamento do paciente, na atuação da redução da disseminação da resistência bacteriana, assim como na escolha apropriada dos antimicrobianos.”
CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
A portaria do Ministério da Saúde, nº 2616, de 12 de maio de 1998, exige a criação de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) para que os hospitais coloquem em prática as ações do PCIH. Somente profissionais da saúde com nível superior podem ser integrantes da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.O Programa de Controle de Infecção Hospitalar deve ser contemplado com diversas ações e rotinas de prevenção, como exemplo, a higienização correta das mãos.