Presença de farmacêutico traz segurança no uso de medicamentos
Há poucos dias foi noticiado que um bebê de apenas dois meses faleceu após a venda de medicamento errado em uma farmácia do Estado de Goiás. O caso traz um alerta quanto ao erro no uso de medicamentos, que se dá por prescrições ilegíveis, embalagens e nomes parecidos, receitas com informações incompletas, compra ou retirada de medicamentos em estabelecimentos sem a assistência de um farmacêutico.
O presidente do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas, Daniel Fortes, explica que a presença do farmacêutico é fundamental porque ele é o profissional que atua como a principal barreira de segurança no uso inadequado de medicamentos. “É o farmacêutico quem vai analisar as prescrições médicas, identificar o medicamento que consta prescrito no receituário e as interações medicamentosas que podem salvar a vida de um paciente”, afirmou.
As farmácias têm como sua principal função a dispensação dos medicamentos de acordo com a prescrição médica, nas quantidades e especificações solicitadas, de forma segura e no prazo requerido, promovendo o uso seguro e correto de medicamentos. “O farmacêutico em hipótese alguma deverá efetuar a dispensação de medicamentos caso as receitas estejam ilegíveis ou possam induzir a erros ou confusão. Em caso de dúvidas, a orientação é entrar em contato com o prescritor para esclarecimentos e confirmação da receita por ele emitida”, disse Daniel.
De acordo com ele, tomar um medicamento errado pode provocar o agravamento de uma doença, trazer efeitos adversos graves, lesões temporárias ou permanentes, intoxicações e internações, e em casos mais graves a morte. “Para ser ter uma ideia, cerca de 10% das internações hospitalares ocorrem em função do uso incorreto de medicamentos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde”, disse.
Ele pontua que as falhas na dispensação significam o rompimento no elo da segurança do uso dos medicamentos, demonstrando fragilidade no processo de trabalho. “Para evitar erros como acontecido em Goiás, o CRF/AL realiza fiscalizações permanentes para garantir que a população tenha direito a uma assistência farmacêutica de qualidade e como preconiza a lei”.
Fonte: Ascom CRF/AL